Uma definição de metabolismo saudável – o combustível açúcar
Na perspectiva de R. Peat [1]: o que vem a ser um metabolismo saudávelɁ
[Imagem: sbio.info]
Na perspectiva de R. Peat um metabolismo saudável apresenta uma taxa metabólica forte e rápida. Uma taxa alta de queima de açúcar, produção de CO2 e consumo de oxigênio. É o metabolismo típico da criança ou do jovem ainda não suficientemente estressado ou intoxicado com óleos insaturados e outros venenos ambientais.
Sua temperatura será alta [próxima dos 37 graus centígrados] o pulso rápido.
Muita energia, disposição, sono reparador, vontade de viver ou encarar a vida.
É a disposição de quem possui tireoide funcionante, nutrição suficiente, o que significa que tira energia dos alimentos da forma mais eficiente. Queima eficientemente o açúcar na mitocôndria, com oxigênio.
O que pode comprometer esse metabolismo ótimoɁ
Em que se baseia o metabolismo subótimo e por que este conduz à doença e ao envelhecimento precoceɁ
Há razões, ambientais, que fazem o metabolismo se desviar do seu ótimo. O problema é que, de toda forma, o passo seguinte é que ele passa a depender dos hormônios do estresse e se basear menos na queima do açúcar via oxigênio. Essa é a definição central de R. Peat.
Elementos ambientais e endógenos que forçam aquele desvio dariam uma nota à parte. Mas a verdade é que o organismo só sai do seu ótimo se for ameaçado em sua sobrevivência, se tiver que evitar o pior e este pior aparece para ele como uma situação de alarme e, na origem, uma queda do açúcar plasmático.
Seja como for, uma vez que o desvio aconteça, o organismo sai de seu modo ótimo, defaut, que é queimar açúcar eficientemente via oxigênio. Sai deste modo, vai queimar açúcar ineficientemente, sem oxigênio, e a demanda de energia será, agora, satisfeita por um modo de queima alternativo, backup, que é a queima de gordura.
Acontece que a queima aeróbica do açúcar é a mais econômica para o metabolismo e, além de dependente do oxigênio, oferece mais ATP por unidade de alimento queimada.
A outra forma, alternativa para a situação emergencial, será baseada em hormônios da adrenal, como o cortisol, e usará gordura e proteína como combustível – principalmente ácido graxo – e açúcar que for ainda queimado o será ineficientemente [por conta do efeito Randle].
Para R. Peat, queimar açúcar é a forma superior de obter ATP e CO2 e queimar gordura só pode ocorrer quando queima do açúcar não funciona bem ou este não é oferecido ao sistema.
Mas agora, desviando do açúcar, a nova forma de queima e o novo combustível serão dependentes de moléculas do estresse.
A mudança metabólica, em direção ao metabolismo subótimo, portanto, começa por alguma dificuldade para contar com açúcar suficiente ou não ser capaz de converter o açúcar em ATP adequadamente [caso do câncer é típico, nesse sentido, em sua condição de tecido ineficiente, dependente de ácido graxo e anaeróbico].
Confira no áudio abaixo, uma explicação resumida desse processo no qual a pessoa vai perdendo a saúde à medida que passa a depender, como fonte de energia cotidiana, de hormônios do estresse em vez do açúcar eficientemente queimado.
A medicina chinesa tradicional tem muito a dizer sobre isso, na mesma direção de R. Peat, quando fala da energia tipo jing [ancestral] e da energia cotidiana, o qi, dos alimentos, chamando a atenção para a finitude da energia com a qual nascemos e que não devemos queimá-la no cotidiano [energia dependente da adrenal] sob pena de comprometimento da longevidade.
De toda forma, o metabolismo saudável estaria centrado na queima eficiente do açúcar [glicose, frutose, lactose] que oferece mais ATP e CO2 por unidade de combustível do que em depender de outro combustível que, necessariamente, envolverá a presença de hormônios do estresse, os quais estão na base do mau envelhecimento, da doença crônica, da baixa energia, do bloqueio tireoidiano, do ganho de peso, especialmente quando a gordura a ser usada é óleo insaturado.
Confira no áudio de 9 minutos:
GM Fontes, São Paulo, 24-12-23
As informações aqui presentes não pretendem servir para uso diagnóstico, prescrição médica, tratamento, prevenção ou mitigação de qualquer doença humana. Não pretendem substituir a consulta ao profissional médico ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Trata-se de informações com fins estritamente educativos.
***