Óleos poli-insaturados, antinutrientes de sementes, nozes, castanhas, abacate e afins- TABELA
Onde estão os óleos insaturados nos óleos de sementesɁ
[Imagem: mustafakebab.ru]
Muito já se falou aqui – e, pioneiramente, foi exaustivamente examinado pelo Dr R. Peat – a questão dos óleos vegetais tóxicos, os óleos insaturados, sobretudo os poli-insaturados.
São óleos completamente naturalizados na cozinha, nos restaurantes, usados para refogar alimentos, do arroz às carnes, e jamais devidamente condenados pela nutrologia e medicina oficiais [C].
A burocracia das agências de saúde veio sendo plenamente abduzida pela ideologia do “óleo essencial” e não adverte à população para seus riscos e para a necessidade de simplesmente aboli-los da alimentação já que alimentos não são. Ver sobre isso aqui, aqui e aqui.
Hoje trazemos ao exame dos leitores tabela básica que mostra onde são encontrados tais óleos tóxicos no nosso meio. Uma tabela com os óleos de sementes mais ricos ou menos ricos em óleos insaturados.
No caso, nosso foco, na elaboração da tabela abaixo, foi o dos óleos poli-insaturados [ômega 3+ômega 6]. Os monoinsaturados e os saturados não foram computados; a porcentagem mencionada é apenas dos poli-insaturados tipo ômega 6 e 3.
As tabelas não costumam ser precisas – e essas não o são - e eventuais imprecisões podem ser corrigidas diretamente nas fontes ou nos dados oficiais das próprias agências de Estado como o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos. Mas tais tabelas dão uma ideia inicial do teor de poli-insaturados em óleos mais comuns, usados como alimentos e também cosméticos [aplicados, por exemplo, sobre a pele].
Da tabela abaixo se desprendem algumas informações bem importantes.
Algumas delas, brevemente.
Antes um lembrete, para entender a tabela: quando seja usada a semente, a porção de óleo poli-insaturado continuará sendo alta, mas será relativamente menor [40%] do que quando se utiliza diretamente o óleo da semente [70%] que é o que mostra a tabela. Mas a proporção do óleo poli-insaturado no óleo da semente dá uma ideia da riqueza de poli-insaturado quando se consome a própria semente.
Essa tabela da composição do óleo poli-insaturado no óleo puro da semente vem logo abaixo.
De antemão, convém observar também, que além do óleo poli-insaturado, cada semente possui o monoinsaturado e também alguma porção, mínima, no caso das sementes, de gordura saturada.
Um exemplo, o óleo de semente de girassol possui 72% de óleos poli-insaturados, um concentrado tóxico. O de linhaça é muito parecido.
Outra observação: de longe, óleo de coco, manteiga de cacau e manteiga possuem a maior proporção de gordura saturada e a menor de óleo insaturado, mínima. Seriam os mais saudáveis, além da importância da gordura saturada em si para a saúde.
Com porco e aves é diferente, já que estes, ao contrário dos ruminantes, acumulam óleo insaturado na sua gordura [proveniente do milho, soja etc. das rações]. De forma que, atualmente, recorrer à banha de porco não é a mesma coisa que em outros tempos, já que o porco criado com lavagem, restos de comida, foi substituído pelo industrial – ou mesmo o do pequeno produtor -, alimentado com milho e rações com óleo insaturado. Galinhas também, alimentadas com milho, trazem uma gema rica em óleos insaturados.
A observação fundamental: os óleos de sementes [seja pelo consumo da semente ou do próprio óleo dela extraído], constituem a grande fonte dos óleos insaturados.
E o óleo insaturado constitui o grande antinutriente da alimentação moderna convencional, inclusive da plant-based, vegana. Deveriam, em prol da saúde tireoidiana e em geral, ser banidos da nossa alimentação.
Por sua vez, óleos que são usados em massagens como o de amêndoas, semente de uva, não são, para nada, “inocentes”.
O de semente de uva traz 70% de poli-insaturado tóxico e o de amêndoas 22%. Essa massagem lançará óleos tóxicos maciçamente na corrente sanguínea. Rosa mosqueta também traz muito poli-insaturado, 78%. Assim também o óleo de farelo de arroz [42%], de gergelim [42], de amendoim [32%] de semente de abóbora [55%]. Óleo de prímula e de borragem, queridos de certa medicina, também são muito altos em poli-insaturados.
Moringa, buriti, carité, babaçu e macadâmia trazem muito pouco óleo poli-insaturado. Seriam mais amigáveis. O óleo de coco é o mais medicinal e amigável de todos, comparativamente.
O azeite de oliva, por outro lado, se fosse puro no mercado, traria 11% de poli-insaturado, o que é muito; sua riqueza maior é, no entanto, em monoinsaturados. E, uma vez que costuma ser adulterado no mercado, recebendo ômega 6 adicionado para dar mais lucro, termina sendo uma opção duvidosa; sendo que jamais será uma opção para ir ao fogo, é muito frágil quando aquecido [baixo ponto de fumaça].
Vamos à tabela.
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Composição de óleo poliinsaturado [%] em óleos cosméticos – atenção aqui teremos a composição NO ÓLEO da semente [e não na semente]. Ordem aleatória.
Açaí 21
Amêndoa 22
Abacate 15
Andiroba 15
Babaçu 2,3
Castanha do Brasil 30
Buriti 2,7
Borragem 65
Canola 36
Mamona 4,5
Chia 82
Manteiga de cacau 5
Óleo de coco 2
Semente de abóbora 64
Prímula 80
Linhaça 70
Sementes de uva 70
Avelã 9
Semente de maconha 75
Macadâmia 1,8
Semente de cardo mariano 65
Semente de moringa 5
Neem 13
Azeite de oliva 11
Azeite de dendê [palm kernel] 10
Sementes de mamão 7,7
Sementes de maracujá 78
Sementes de pêssego 31
Amendoim 32
Noz pecã 38
Semente de perila 71
Pistacho 33
Semente de ameixa 21
Semente de romã 90
Semente de papoula 70
Sementes de abóbora 55
Semente de framboesa vermelha 73
Farelo de arroz 42
Rosa mosqueta 78
Cártamo [safflower] 70
Gergelim 42
Carité [shea] 5,2
Girassol 72
Tomate 52
Noz 45
Semente de melancia 64
Fonte: [B] https://www.absolutelypure.com/pufa-content-of-75-cosmetic-oils.html
Como já foi mencionado, não computamos o teor de óleo monoinsaturado que, eventualmente, é muito alto em cada caso, a exemplo do açaí, que além dos 21% de poliinsaturado traz mais 60% de monoinsaturado, totalizando 80% de óleos insaturados... E o abacate, com em torno de 70% de monoinsaturado.
O site acima, fonte dos dados da tabela elaborada por nós, prudentemente, recomenda evitar aqueles óleos com 10% ou mais de poliinsaturados.
Esta tabela a seguir é reveladora da quantidade total de óleos insaturados em alguns óleos comuns [neste caso, a porcentagem inclui monoinsaturados e poli-insaturados]:
GM Fontes, Brasília, 7-6-24
As informações aqui presentes não pretendem servir para uso diagnóstico, prescrição médica, tratamento, prevenção ou mitigação de qualquer doença humana. Não pretendem substituir a consulta ao profissional médico ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Trata-se de informações com fins estritamente educativos. Nenhuma das notas aqui presentes, neste blog, conseguirá atingir o contexto específico do paciente singular, nem doses, modo de usar etc. Este trabalho compete ao paciente com seu médico. Isso significa que nenhuma dessas notas - necessariamente parciais - substitui essa relação.
Referências _________________
[A] https://www.functionalps.com/blog/wp-content/uploads/2014/04/Picture-3.png
[B] https://www.absolutelypure.com/pufa-content-of-75-cosmetic-oils.html
[C] Desnecessário lembrar que os sites de “boa saúde” e praticamente toda a mídia influente toma os óleos poli-insaturados [ômega 6 e ômega 3] como “óleos do bem”. Apenas a título de ilustração dessa ideologia, vejamos o que diz um dos tantos sites que naturalizam os benefícios do ômega 6. Afirma textualmente, contrariando o que diz a boa pesquisa: “O Ômega 6 é um tipo de ácido graxo insaturado – isto é, uma gordura benéfica para nosso organismo. Ele possui propriedades antioxidantes, por isso é capaz de nos ajudar a prevenir doenças crônicas causadas pela oxidação das células – como a diabetes, doenças do coração, e até mesmo câncer e Alzheimer. Além disso, os antioxidantes presentes no Ômega 6 são grandes aliados para manter sua pele jovem e bonita, já que previnem o envelhecimento precoce e os danos causados pelo sol. De acordo com um estudo feito nos Estados Unidos, em Illinois, o Ômega 6 também ajuda a diminuir os níveis de colesterol LDL – o colesterol “ruim” – e aumentar os níveis do HDL – o colesterol ´bom´ –, o que ajuda a prevenir problemas como a alta pressão arterial e diminui os riscos de infarto. Mas lembre-se: embora uma alimentação rica em Ômega 6 seja muito benéfica para seu corpo, ela não deve substituir as visitas regulares a um médico especialista, nem a utilização dos medicamentos prescritos por este”. Sem comentários. Aliás, comumente os ômegas são carinhosamente tratados como “Ômegas as gorduras do bem”, um indicativo dos rumos da nutrologia e da medicina modernas, pelo que tudo indica, muito pouco “baseadas em evidências”, diga-se de passagem.
[D] A mesma tabela acima de % de poli-insaturado no óleo da semente, agora em tamanho menor:
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